Oito volumes de diferentes tamanhos e formas organizam-se em torno de um eixo central horizontal e um plano vertical. Acompanhando os volumes, um plano bidimensional desconectado, e grupos de espaços funcionais aparecem separados uns dos outros.
O plano vertical, uma imensa parede, é fundamental para o projeto. É o elemento que organiza o conjunto. Por um lado, em sua fachada principal, quatro volumes se ordenam verticalmente. Pelo lado oposto, os outros quatro volumes se ordenam horizontalmente através de um eixo perpendicular à parede que dá nome à casa. No seu extremo está a entrada principal.
O uso de cores vibrantes acentua a distinção visual entre os volumes, que são acessíveis por uma escada espiral que fica nas costas do plano bidimensional. Dividindo o espaço, esse plano parece ser independente do resto do edifício, conectada aos volumes por ligações envidraçadas.
Entrando na casa, um lance de escadas conduz à sala de estudo, cozinha e sala de jantar. O primeiro andar contém um quarto, e o pavimento mais alto, a sala de estar.
Os volumes parecem estar em balanço, todos apoiados no grande eixo central, mas no entanto, cada volume é suportados por um grid de pilares. Deixando o plano bidimensional como um elemento simbólico do desenho, e não estrutural.
A casa é um estudo da relação entre o interior e o exterior. É uma nova leitura da arquitetura corbusiana, além de suas formas e imagens.
A residência foi projetada pelo arquiteto norte-americano John Hedjuk em 1973 para um colega de faculdade. Deveria ser construída em Ridgefeld, Connecticut, porém devido ao alto custo da construção, o projeto foi colocado em espera. Até que a companhia Groningen, da Holanda, teve um especial interesse pelo projeto, e decidiu patrocinar a construção de 232 metros quadrados.
Atualmente, a residência é dividida em três partes: pública, semipública e privada.
“Se um pintor pode, através de uma simples transformação, tomar uma vida tridimensional e pintá-la num quadro como uma natureza-morta, poderia ser possível ao arquiteto tomar a natureza morta de um quadro e, através de uma simples transformação, construí-la em vida?” —John Hejduk.
- Área: 232 m²
- Ano: 1973
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Fotografias:Liao Yusheng